Ebal - Editora Brasil América (amada EBAL)
Uma Homenagem a minha querida EBAL:
A Editora Brasil-América, mais conhecida por seu apelido Ebal, foi uma das mais importantes editoras de história em quadrinhos do Brasil. Fundada em 18 de maio de 1945 por Adolfo Aizen, o "Pai das Histórias em Quadrinhos do Brasil", foi de extrema importância por difundir o gênero no país. Em seu período áureo, a editora era dirigida, também, por Paulo Adolfo Aizen e Naumin Aizen, ambos filhos de Adolfo Aizen, bem como pelo jornalista Fernando Albagli.
Imagine uma época muito mais inocente do que a atual.. Uma época sem televisão, em que futebol se via no estádio ou se ouvia pelo rádio, onde também habitavam os artistas favoritos e muitas vezes os heróis mais queridos.
Imagine uma época em que crianças podiam brincar nas ruas das grandes cidades sem nenhum receio maior do que ter um joelho esfolado. Um tempo em que, ao entrar num cinema, uma entrada lhe dava direito a assistir a um desenho, um noticiário, um episódio de um seriado de aventuras e, por fim, o filme principal. Só mesmo imaginando um país assim, numa época tão distante, você entenderá por que aquela nova editora que surgia no Rio de Janeiro logo ganhou o apelido de "O Reino Encantado das Histórias em Quadrinhos".
Se ainda estivesse "viva", a Editora Brasil-América Limitada, a Ebal, estaria prestes a completar 62 anos. Ela foi fundada numa sexta-feira, 18 de maio de 1945 pelo baiano (que o livro A Guerra dos Gibis, de Gonçalo Junior, recentemente desvendou ser russo) Adolfo Aizen, que também tinha um apelido de respeito: "O Pai das Histórias em Quadrinhos no Brasil".
Nos anos 50 e 60, a Ebal era líder na publicação de histórias em quadrinhos no Brasil, vendia anualmente milhões de revistas e chegou a ter em banca mais de 40 títulos mensais, vários com tiragens superiores a 150 mil exemplares (hoje, vendas de dez mil são comemoradas) e quando uma publicação vendia menos de 30 mil edições por mês, quase sempre era descontinuada.
Num dos andares havia o Museu Permanente de Histórias em Quadrinhos, com edições do mundo inteiro e diversos originais dos artistas que trabalhavam para a Ebal, visitado avidamente por diversos colecionadores de outros estados, que muitas vezes podiam até deixar o Rio de Janeiro sem subir ao Pão de Açúcar, mas não deixavam de visitar aquele prédio no bairro de São Cristóvão.
A partir do final dos anos 60, a Ebal começou um longo (e lento) declínio, que perdurou por toda a década de 70. É bem verdade que não foi só ela. No mundo inteiro, os quadrinhos passaram a vender cada vez menos, graças ao avanço progressivo da TV, mais do que qualquer outra coisa. Muitas editoras sofreram com a queda nas vendas, várias delas deixando de existir depois de muitos anos de trabalho.Um final triste, melancólico e não merecido para aquela que foi a maior e melhor editora de quadrinhos do Brasil. Por isso, nestes 62 anos, a melhor forma de comemorar seu aniversário talvez seja fingir que ela não "morreu".
Imagine uma época muito mais inocente do que a atual.. Uma época sem televisão, em que futebol se via no estádio ou se ouvia pelo rádio, onde também habitavam os artistas favoritos e muitas vezes os heróis mais queridos.
Imagine uma época em que crianças podiam brincar nas ruas das grandes cidades sem nenhum receio maior do que ter um joelho esfolado. Um tempo em que, ao entrar num cinema, uma entrada lhe dava direito a assistir a um desenho, um noticiário, um episódio de um seriado de aventuras e, por fim, o filme principal. Só mesmo imaginando um país assim, numa época tão distante, você entenderá por que aquela nova editora que surgia no Rio de Janeiro logo ganhou o apelido de "O Reino Encantado das Histórias em Quadrinhos".
Se ainda estivesse "viva", a Editora Brasil-América Limitada, a Ebal, estaria prestes a completar 62 anos. Ela foi fundada numa sexta-feira, 18 de maio de 1945 pelo baiano (que o livro A Guerra dos Gibis, de Gonçalo Junior, recentemente desvendou ser russo) Adolfo Aizen, que também tinha um apelido de respeito: "O Pai das Histórias em Quadrinhos no Brasil".
Nos anos 50 e 60, a Ebal era líder na publicação de histórias em quadrinhos no Brasil, vendia anualmente milhões de revistas e chegou a ter em banca mais de 40 títulos mensais, vários com tiragens superiores a 150 mil exemplares (hoje, vendas de dez mil são comemoradas) e quando uma publicação vendia menos de 30 mil edições por mês, quase sempre era descontinuada.
Num dos andares havia o Museu Permanente de Histórias em Quadrinhos, com edições do mundo inteiro e diversos originais dos artistas que trabalhavam para a Ebal, visitado avidamente por diversos colecionadores de outros estados, que muitas vezes podiam até deixar o Rio de Janeiro sem subir ao Pão de Açúcar, mas não deixavam de visitar aquele prédio no bairro de São Cristóvão.
A partir do final dos anos 60, a Ebal começou um longo (e lento) declínio, que perdurou por toda a década de 70. É bem verdade que não foi só ela. No mundo inteiro, os quadrinhos passaram a vender cada vez menos, graças ao avanço progressivo da TV, mais do que qualquer outra coisa. Muitas editoras sofreram com a queda nas vendas, várias delas deixando de existir depois de muitos anos de trabalho.Um final triste, melancólico e não merecido para aquela que foi a maior e melhor editora de quadrinhos do Brasil. Por isso, nestes 62 anos, a melhor forma de comemorar seu aniversário talvez seja fingir que ela não "morreu".
Fonte: Wikipédia / Universo dos Quadrinhos.
O Senhor Lenimar N Andrade (Orkut), disponibilizou no endereço abaixo, fotos atuais da Ebal.
- Muito Obrigado, Sr. Lenimar!!!
Marcadores: HQs
2 Comentários:
Falar da Ebal é sempre prazeroso. Acho que até ai nada demais, pois esta editora é praticamente unanimidade entre os apreciadores de gibis. Minha participação neste blog de Valle Ayres, aliás, chamou-me a atenção, como e quando ele descreveu, assim, suas palavras: ..."minha querida Ebal"...
De volta sobre minha primeira experiência com a Ebal. Como sou do interior do estado do Rio e, nasci num lugar pequenininho, onde não existia banca de jornais, tinha de ir à cidade mais próxima, para saber das novidades. A cidade em questão é Além Paraíba, MG, que na época de meu contato inicial com gibi da Ebal, em 1972, era conhecida como Porto Novo do Cunha. Meu pai me deu de presente a revista do Zorro especial em cores, formato americano, capa plastificada e belíssima, com ilustrações atraentes e bem feitas. Seu miolo era igualmente esmerado, papel de qualidade e os quadrinhos bem desenhados, à bico-de-pena, colorido.
Foi marcante, porque, 1972 mostrou-se atípico ou diferente, pelo menos para mim. Foi o ano da televisão a cores, e aqueles gibis bem feitos, expostos provocativamente nas bancas, eram irresistíveis para um garoto de 12 anos, como eu, que gostava à beça de desenhar. E a partir de então, a plataforma para a minha futura base artística, se iniciava. Hoje, em 2010, vivo satisfeito da vida com minha profissão de artista pintor. Tive oportunidade de atuar como desenhista para editoras. Menos para a Ebal. Que pena!! Sonhei em fazer parte da equipe de colaboradores desta grande editora pioneira, como desenhista ilustrador. Mas, os ventos matreiros do norte tinham outros planos, tanto para mim, individualmente, quanto para a grande Ebal, como fábrica de sonhos. Os meus continuam adiante, os dela acabaram, lamentavelmente. Muito obrigado pela oportunidade. Parabéns pela iniciativa do blog.
JG Fajardo
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